sábado, 31 de março de 2012

sexta-feira, 30 de março de 2012

É a matemática, estúpido!

Menos dois abstracts por fazer. Mais dois papers para fazer.

Dúvida XXIV

Será que se o Sr. Kissinger teria escrito tal & qual o Diplomacy  se já houvesse Facebook?

Afinal, enganei-me

Pensava que o Maniqueísmo era coisa da Alta Idade Média. Pelos vistos, continua actual.

quinta-feira, 29 de março de 2012

E mais, se houvesse

Nunca percebi aquela coisa dos melhores amigos. Soou-me sempre a coisa liceal. Ou são amigos ou não são. Conhecidos, pessoas com quem somos obrigados a conviver (sorriso amarelo nº 33). Os amigos têm de ser necessariamente bons. Se não, não são amigos. Por isso, graduar a amizade em boa, é coisa que não compreendo. Faz dos outros, os que não são os melhores o quê? Menos bons? Piores? Assim-assim?
É certo que não temos a mesma intimidade com todos eles - se há quem com quem nos sentimos bem a partilhar tudo (bom, quase tudo), ou a incomodar com aqueles pedidos chatos (vá lá, votem em mim para o BILF 2012), ou com telefonemas com dúvidas existenciais às três da manhã... há outros com quem ainda mantemos a mesma deferência inicial de quando o conhecemos. Mas o sentimento, esse, é o mesmo. Sobretudo sendo eu alguém que gosta ou não gosta. 
No entanto, este parlapier todo para dizer que estava enganado. Nos dias que correm, estes dois são os meus melhores amigos:



terça-feira, 27 de março de 2012

O problema dos vizinhos

é que nunca têm bom gosto musical (lei de Murphy nº 475). Os meus, por exemplo, parece-me que estão a ouvir qualquer banda portuguesa defunta dos anos 90.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Cada um entende como quer

A Dica da Semana, desde que mudou de papel de jornal para papel de revista, nem para limpar os vidros serve.

Então Pedro,

achas bem isso de andar a pedinchar votos? Bem, se calhar não é muito ético. Porém, preciso de perder um bocado a vergonha e isso passa, também, por perder a vergonha de pedir. É como perguntar, só responde quem quer. E depois a Mãe não sabe que tenho um blog, logo nunca poderia ganhar nenhum prémio blogosférico. Mas, como muito bem me ensinou, quem quer bolota trepa. Portanto, se quiserem usar o vosso estaminé para fazerem campanha por mim, estejam à vontade. Nunca ninguém ganhou nada sozinho e tudo é melhor quando partilhado. 

domingo, 25 de março de 2012

Pearls are the girls best friends VII


PitschmannD. Leonor de Almeida Portugal, Marquesa de Alorna
1780. Colecção particular

Muito provavelmente, o melhor blog do ano


Nós, os amigos, nunca podíamos contar com o Danies aos fins-de-semana. Isto é, nem almoços, nem jantares. Os almoços eram sempre passados em casa dos avós, Delfim e Helena e os jantares em casa da avó Eduarda. Das avós, somente a avó Helena cozinhava e era um desfilar de iguarias que nos deixavam sempre de água na boca, com vontade de conhecer a avó Helena e os seus cozinhados. Primeiro foi o Avô Delfim que nos deixou e os almoços de sábado deixaram de existir. Pelo menos, como dantes. Depois, a Avó Helena. Mas como os seres humanos vivem para lá da sua morte, enquanto houver quem se lembre deles, o Danies e as irmãs decidiram homenagear a avó e algumas das melhores recordações que dela têm - os seus cozinhados. E assim nasce As Receitas da Avó Helena.

sábado, 24 de março de 2012

A morte

Ontem à noite, uma insónia fez-me pegar no livro que tinha na mesa de cabeceira, o qual me tinham emprestado havia tempo. A Morte, de Maria Filomena Mónica, que toda a gente saber ser um bocadinho tonta. No entanto, ao longo de poucas dezenas de páginas, sintetiza as questões fundamentais - as dúvidas, sobretudo, acerca da eutanásia e do suicídio medicamente assistido. Aborda, para isso, a morte do ponto de vista histórico, filosófico e literário - umas pinceladas que deixam a desejar. Mas sobretudo, de dois pontos de vista importantes - um, daquele de quem um dia poderá passar pela necessidade de continuar vivo sem querer, por não ver reunidas as condições que considera necessárias para o fazer com o mínimo de dignidade (e digo dignidade propositadamente, pois se dissesse qualidade estaria ainda a ser mais exigente). O outro, por quem já passou pela possibilidade eventual de o fazer relativamente a um familiar querido. 
Obviamente, este é um tema fracturante e, apesar de já ter uma opinião formada acerca da questão, este livro adiciona algumas questões pertinentes para todo o debate que, por si só, me fazem reflectir sobre elas. O aumento substancial da esperança média de vida; os avanços da medicina e a vida artificial; morte física vs morte cerebral; sociedade actual arredada da perspectiva da morte como uma naturalidade; desagregação, por motivos vários, dos laços familiares votam os idosos à solidão; a inexistência, em Portugal, de cuidados paliativos generalizados e de qualidade, bem como de lares dignos e acessíveis a toda a população.
Estou, mais coisa menos coisa, a meio da vida, um pouco aquém, é certo. Mas passei 9 anos do meu avô e tenho avó e pais e até um irmão mais velho. E se o decidir sobre o nosso próprio corpo parecer-me fácil, relativamente aos que nos são próximos, a questão complica-se. Nem de propósito, num daqueles programas do TLC, não me recordo o nome, colocou-se à mulher de um paciente, idoso, com uma perfuração pulmonar, que estava ligado à máquina e sem reacções, o que fazer. O próprio tinha deixado um testamento vital (não sei em que país isto se passou), dizendo que não consentia ser mantido vivo artificialmente. E o desabafo da mulher, perante as duas opções que tinha diante de si, apenas sabia que ambas eram erradas. 

Um gajo volta a ter fé

quando o tipo regressa do reino dos mortos (foi um ano, não foram três dias, mas também não é Cristo - ainda que tenha uma legião de Marias Madalena atrás). Mas depois perde-a logo quando percebe que não está nomeado (nunca se pode confiar nas Marias Madalenas, são piores que Judas - o Iscariotes). Por isso mais vale votarem no Pedro, que é como quem diz, em mim, antes do galo cantar três vezes. 

sexta-feira, 23 de março de 2012

Perspectivas

A pessoa acorda, deixa-se dormir novamente porque para além do cansaço do ginásio da véspera tomou anti-histamínicos, sai da cama de um salto, tropeça no gato uma, duas, vinte vezes, toma banho e faz a barba, entorna o café na bancada tropeça no gato uma, duas, vinte vezes - o gato tem o miómetro ligado, perde o autocarro, fica à espera do próximo, passam-lhe à frente na bicha - rai'das velhas, não há quem as mate, encontra um lugar sentado, a custo (gordas!). Mas depois passa pelo Museu da Cidade, olha para dentro dos muros e vê-o. E o dia começa bem.

quinta-feira, 22 de março de 2012

É impressão minha

ou quando há greve geral há também greve à blogosfera e ao Fb?


What happened to... VII

Deixei de ser seguidor de uns quantos blogs, já defuntos ou a definhar. Tudo porque parece que só podemos ser seguidores de 300 blogues. Isto de ser seguidor só servia mesmo como método mais fácil de articular o blogue com o reader e vice-versa. Tudo para voltar a colocar na barra lateral os blogues que costumo acompanhar. Dei por mim a abrir alguns dos quais já não me lembrava da sua existência, ou a recordar outros, dos quais gostava particularmente. E fez-me pensar sobre o que terá acontecido às pessoas que estão por detrás desses blogues. Não sei se por culpa do google reader, se por me interessar mais pelo que as pessoas publicam do que por elas próprias, tendo a ver a blogosfera como um ser disforme, um todo no seu conjunto, mas bonitinha nas partes que a compõem. E dei por mim a pensar se os dias assim da Sofia já teriam casado, de como será a vida da Helena desde que regressou da Grécia, se o Will já encontrou a sua Grace e tantos outros. Que foram, mas deixam saudades. 
(será que foram mesmo? será que não terão outros blogues com outros nomes? será que continuam a participar na blogosfera, apenas como leitores?)



Serviço Público II

An Elisir costume design for the character of Dulcamara by Catherine Zuber

O Elisir d'Amore em directo do Metropolitan de Nova Iorque, aqui, agora mesmo (já vai quase a meio), com a Damrau e o Florez. O calendário das próximas transmissões aqui.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Do meu dia

Chega a noite e estou contente. Por ser dia Mundial da Poesia, o Fb esteve inundado dela. É bom ver que, apesar das vendas de livros de poesia serem bastante baixas, isso não traduz tal e qual os gostos das pessoas. 
Depois, saber que um grande amigo, desempregado há alguns meses, conseguiu emprego. E no meio da crise e da depressão - a económica e a nossa - abrem-se portas e janelas, rasgam-se caminhos à força da vontade e sonhos e trabalho. Não que o panorama seja fácil. Mas não podemos cair no erro de olhar e ver a crise como um terreno infértil. Há vida para além da crise. E poesia também.


Pearls are the girls best friends VI

John Singer Sargent  - Portrait of Marchioness Curzon of Kedleston
Óleo sobre tela, C. 1925. Currier Museum of Art, Manchester, New Hampshire

That awkward moment

em que a cara metade está a mostrar-nos fotografias da juventude. Suas e dos amigos. E dos ex-namorados. É então naquele momento em que tentamos que o sorriso não esmoreça, que na nossa cabeça só pairam imagens de lança-chamas e x-actos e uma explosão que desfaça em mil pedacinhos o que outrora foram retratos. 
(mas sou só eu que fico desconfortável com estas cenas? É que por muito que tente encará-las com naturalidade, acho-as tudo menos naturais - não o passado em si, obviamente, mas a partilha do passado feliz no presente?)

terça-feira, 20 de março de 2012

Serviço público

A integral das Sinfonias de Joly Braga Santos, pela batuta de Álvaro Cassuto, está a um preço obscenamente barato naquela espécie de hipermercado que vende livros, CD, DVD e outro material electrónico. 

Le sacré du printemps


Estreia mundial: 29 de Maio de 1913, Théâtre des Champs-Élysées, Ballets Russes. 
Música de Igor Stravinsky. Coreografia de  Vaslav Nijinsky. Cenários e guarda-roupa de Nicholas Roerich.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Dia do Pai

Infanta D. Maria Francisca de Bragança (1739-1771) - S. José
Óleo sobre tela, segunda metade do século XVIII
Palácio Nacional de Queluz

Todos os dias e não apenas hoje, do que tenho mais saudades são das gargalhadas do meu Avô.

sábado, 17 de março de 2012

Saint Patrick's Day

Pendente de ouro e esmeraldas, século XVII
Arquidiocese de Évora - Fundação Eugénio de Almeida 
© 2008 Carlos Pombo. Todos os direitos reservados 

sexta-feira, 16 de março de 2012

E tu?

Habituamo-nos às pessoas nos seus lugares habituais. O senhor do quiosque no quiosque, a senhora da padaria na padaria. Tudo certo nos seus lugares. E quando encontramos uma antiga porteira de um afamado club, concentradíssima, a ler numa biblioteca pública? Sorrimos. Gostamos do mundo de pernas para o ar.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Ainda nem sequer fui nomeado

Os meus RRR

Durante a escola primária não foi muito acentuado. Mas na preparatória, ou porque se acentuou ou porque as crianças aprendem a apontar mais os defeitos dos outros, a minha dificuldade em dizer correctamente os R entre vogais era notória. E a coisa complicava-se ainda mais quando nos chamamos Pedro e invariavelmente o que nos saía era qualquer coisa como Pedgo (não era bem, mas era o som que mais se aproximava) - um pouco como a Judite de Sousa pronuncia. No Liceu a coisa continuou, embora não tão evidente, mas ainda assim com chamadas de atenção por parte dos colegas - já não gozavam, mas ainda era caso para risadas. Na Faculdade, ou porque as pessoas já são crescidinhas ou porque consegui corrigir ou atenuar a dita dicção, nunca ninguém me interpelou por isso. 
E porque é que passados tantos anos me lembro disso? Por duas razões, para além da óbvia, de que as cicatrizes, ainda que curadas, causarem ardor quando muda o tempo. A primeira por ter reencontrado uma colega de Liceu. Uma das que se ria com a minha incapacidade de dizer os ditos R correctamente. Como Deus não dorme, tem um filho que também não os consegue dizer. "Mas é um óptimo aluno".  Também eu, e talvez por isso ainda gozassem mais comigo. A segunda por ter recebido um telefonema da menina da TMN, exactamente com a mesma dicção, que me queria impingir um novo tarifário o qual já me tinham tentado impingir. Retorqui um sim, já conheço, mas não estou interessado, obrigado, boa tarde, mas estou aqui com alguns problemas de consciência por a ter despachado em três tempos.

sábado, 10 de março de 2012

E ainda dizem que eu gosto de coisas antigas

Estão a ver aqueles programas de edição de texto em que se fala e o pc processa tudo num documento word? Agora imaginem um programinha desses, mas para pensamentos. Se assim fosse, teria pelo menos quatro parágrafos escritos em inglês perfeito do paper que já devia estar feito estou a escrever. Agora que estou sentado à frente do pc, não sai absolutamente nada.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Microficção III

Dália Gipsofila Ramos Jardim toda a vida quis ser florista. Acabou como cantoneira. Todas as flores acabam no lixo.r

quinta-feira, 1 de março de 2012

Porque é que a galinha atravessou a estrada

O que fazer quando se tem vertigens e uma ponte pedestre à frente? Atravessa-se. As vezes que forem precisas. Hoje quatro, amanhã duas. E espera-se que atenue a fobia.