Há alturas que mudar de passeio, sair numa estação mais à frente, não resulta. Encontramo-nos sempre com o passado, mesmo que dele fujamos. Do passado que nos magoou e nos fez sofrer. É destino. É fado. Sobretudo quando o passado, no dia seguinte ao encontro que tentámos a todo o custo evitar, vai partir para longe, para não voltar. Como se tivesse de existir uma despedida, que não estava programada, nem por um, nem por outro.
E havia arrependimento nos olhos. Havia carinho no peito. Os desejos de felicidade mútua eram sinceros. Mas também era verdadeira a consciência de que, se o tempo voltasse atrás, tudo seria igual. E é com esta inevitável contradição que temos de aprender a viver.
2 comentários:
Droga Pedro....
E eu não consigo...
E Paris sempre me arde na pele.
Gostava de um dia conseguir. Talvez tenha de aprender.
(e bem-vinda de volta - já sentíamos a falta!)
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