domingo, 14 de dezembro de 2008

Barcos sem navegar

Esteve frio na noite enluarada. E cá dentro de nós também. Mas há momentos que nos aquecem. Mesmo que os barcos fiquem no rio...

Recado a Lisboa
Letra: João Villaret
Música: Armando da Câmara Rodrigues


Lisboa, querida mãezinha
Com o teu xaile traçado
Recebe esta carta minha
Que te leva o meu recado

Que Deus te ajude Lisboa
A cumprir esta mensagem
De um português que está longe
E que anda sempre em viagem

Vai dizer adeus à Graça
Que é tão bela, que é tão boa
Vai por mim beijar a Estrela
E abraçar a Madragoa

E mesmo que esteja frio
E os barcos fiquem no rio
Parados sem navegar
Passa por mim no Rossio
E leva-lhe o meu olhar

Se for noite de São João
Lá pelas ruas de Alfama
Acendo o meu coração
No fogo da tua chama

Depois levo pela cidade
Num vaso de manjericos
Para matar a saudade
Desta saudade em que fico

Vai dizer adeus à Graça
Que é tão bela, que é tão boa
Vai por mim beijar a Estrela
E abraçar a Madragoa

E mesmo que esteja frio
E os barcos fiquem no rio
Parados sem navegar
Passa por mim no Rossio
E leva-lhe o meu olhar


Podia escolher a versão original, dita pelo próprio Villaret, ou cantada pelo Francisco José (idolatrado pelo avô). Fico-me pela versão de Beatriz da Conceição, já que não tenho pelas vozes que ontem ouvi.


1 comentário:

Helena de Tróia disse...

e eu que estou quase, quase a chegar a Lisboa!...