segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Como ocupar o seu domingo

Acordar de manhã, levantar o estore da cozinha, deixá-lo cair, porque está partido.

Sair de casa para ir à farmácia comprar remédio para as aftas, que não nos deixam comer e falar, pelo menos sem dor. Passar pela padaria, onde estão pelo menos trinta pessoas na fila para o pão. Pensar que até não era má idéia comprar uma máquina de fazer pão. Ir até à farmácia, tirar senha, ver que se tem 20 pessoas à frente, pensar que mais vale ir até ao supermercado que deve ter gente, comprar pão, que é quase o dobro do preço da padaria e pensar novamente em comprar uma máquina de fazer pão.

Voltar para a farmácia, onde somos olhados de lado, não sabemos se por o nosso saco para o pão ser giro, ou por sermos os únicos com menos de 60 anos.

Voltar a casa, passar novamente em frente à padaria, onde não estão trinta, mas 15 pesssoas, ainda bem que fui ao supermercado.

Chegar a casa, almoçar e deitar mãos à obra. Desaparafusar a caixa do estore, um dos parafusos está calcinado, vá gastar uma lata de lubrificante W40 (passe a publicidade, mas aquilo é mesmo bom), ter de mudar de alicate, que com aquele não vai lá (não me perguntem porque tenho dois alicates iguais, nem eu sei).

Consegue-se tirar finalmente a tábua (depois de muito estrebuchar), percebe-se onde está a avaria - uma ripa partida, consegue-se tirar a ripa, então dividida em dois; encaixa-se as duas ripas. Quando parece estar tudo pronto, percebo que a rolo desencaixou-se do sítio. Horas para encontrar o sítio certo.

Subo o estore completamente, mas afinal não sobe todo, porque não se teve em atenção a fita, que falta. Vá de retirar a fita da mola e enrolar no rolo que está dentro da caixa. Quando se tenta colocar a fita a mola, percebo que a mola já não funciona e é preciso comprar uma nova. Vá de montar tudo novamente, mas ao menos dá para subir e descer o estore. Ou a persiana. Uma coisa é certa: não percebia nem de uns, nem de outros. E não sei se percebo.

10 comentários:

Noiva Judia disse...

Já sei a quem hei-de recorrer quando os meus se avariarem ;)

Carla disse...

Mas que Domingo... não o desejo a ninguém uffaaa!!!
Pelo menos, já viste como funciona.
Fica bem. Bj

Maria do Consultório disse...

O meu hóme é muito jeitoso com a brincolagem! Qualquer dia empresto-to.

Margarida disse...

:)))

Resumindo; divertiste-te!!!

[hás-de mostrar o saco do pão]

Adão disse...

O que as pessoas fazem para se divertir. Isso do estore... valia mais teres chamado um técnico especializado (gargalhada) ou então um amigo doutorado em bricolage. Em relação ao pão... para quem gosta de cozinhar... até me admira não o fazeres em casa! :P Quem sabe vender para fora? Hum? Fica a ideia!

Mad disse...

Eu é que não percebia nada e ainda fiquei a perceber menos. Isso é lá coisa para se fazer a um domingo??

Paulo Hope disse...

Brilhante! :) Que excelente maneira de ocupar um domingo!
Abraço

Pedro disse...

Noiva: obviamente ao hóme da Maria!

Carlota: mais ou menos, mas espero não repetir...

Maria: empresta à Noiva, que eu cá desenrasco-me!

Margarida: foi assim uma diversão... diferente! O saco do pão é um saco de pano da Waterstones. Cá em casa há imensos mesmo para o pão, feitos pela avó, em Patchwork e crochet, mas não são o género de levar para a rua.

Pedro disse...

Adão: deu perfeitamente para desenrascar! Vender pão para fora? Nãããã! Não fico bem de branco total!

Mad: eu não queria, mas teve de ser!

Paulo: acho que há coisas mais interessantes...

ana v. disse...

Felizmente não tenho estores, seria incapaz de arranjá-los se avariassem.

A minha solidariedade vai para as aftas, um martírio com que vivo desde sempre. No meu caso, não posso tocar em duas coisas que adoro: ananás e nozes (às vezes não resisto, e depois pago as favas). Aconselho Aftach, a única coisa que dá realmente resultado, mas não dá para todas as aftas.