quinta-feira, 26 de março de 2009

A Sucessora

Eu, pecador me confesso. Mas quem diz a verdade, não merece castigo. A Cora que não me oiça, mas sempre tive grande dificuldade em ler autores brasileiros. Desde os meus 11 anos, quando fiz a primeira comunhão e me ofereceram O Meu pé de laranja lima, que nunca mais consegui ler mais nada em português do Brasil. E não foi por ter chorado baba e ranho (quem é que diz que aquilo é livro para crianças?!?).
Várias vezes que tentei ler Jorge Amado, sem o conseguir. Ouvir o português musical não me faz confusão nenhuma. Mas ler... às tantas o meu cérebro já fala também com sotaque brasileiro e é uma grande trapalhada e não vou além das cinco primeiras páginas.
Eis senão quando, um destes dias em que saía à pressa de casa, mas queria levar alguma coisa para ler, apanho um livro que estava à mão ("herdei" imensos livros há pouco tempo portanto leitura não me falta para os próximos anos). Chama-se A Sucessora, de Carolina Nabucco. Rumores há, que Daphne du Maurier se terá inspirado nela para escrever a sua obra-prima, Rebecca, que devo ter lido a primeira vez com 15 anos, numa edição que trazia 5 ... novels (romance não é a tradução indicada) de suspense, de diversos autores.
Se esse foi o primeiro que li dela, outros se lhe seguiram.
Com algumas diferenças substanciais, visto a acção de A Sucessora desenrolar-se principalmente no Rio de Janeiro, durante a década de 30 e não existir nenhum crime por desvendar, este não lhe fica, no entanto, atrás. E foi com grande satisfação que, ao fim de tantos anos, retomo os autores brasileiros.
No entanto, falta ainda ver uma das obras primas de Hitchcock, Rebecca. Não consigo encontrar o filme à venda e sempre que a Cinemateca o passa, é sempre a horas em que estou a trabalhar. É protagonizado por Laurence Olivier e Joan Fontaine, irmã de Olivia de Havilland, a Melanie Hamilton de E tudo o vento levou (e também a Mariam, de Robin Hood, com Errol Flynn - mas não vamos falar desse senhor, senão há uma prezada leitora que fica com calores). Curiosamente, Vivien Leigh foi uma das actrizes pensadas para desempenhar o papel principal (era à data namorada de Laurence Olivier), mas não conseguiu o papel.
Fiquemos com o início do filme.

*A tradução que tenho, há bem 20 anos, de A maravilhosa viagem de Nils Holggerson pela Suécia, da Selma Lagerlöf é também em brasileiro, e numca a consegui ler... Infelizmente.

5 comentários:

ana disse...

Há uma edição de bolso da A maravilhosa viagem de Nils. Vale a pena

Adão disse...

Faltou o "let's look at the trailer" :PPP Olha fiquei com curiosidade... se conseguires o filme... depois diz-me onde.

ana disse...

Na amazon há.

ana v. disse...

Eu, que sou uma apaixonada incondicional dos livros de Jorge Amado, só posso dizer-lhe que aproveite a boleia dessa onda favorável e que os leia. São imperdíveis, Pedro, e só fazem sentido no tal português do Brasil em que foram escritos. E já agora leia também alguma coisa da poesia brasileira, que é magnífica.
Mas concordo consigo numa coisa: detesto traduções brasileiras, e também não consigo lê-las. :-)

Pedro disse...

Ana: tenho de investigar essa tradução. E já vi o filme na amazon, mas sou tão tanso... (não digam a ninguém, mas apesar de ter cartão de crédito nunca o usei...)

Adão: Amazon! E está barato ainda por cima!

Ana V.: pior - a mãe é apaixonada pelos livros dele e tem todos em casa, mesmo à mão de semear...