quinta-feira, 25 de junho de 2009

Das nails

Se há coisa que me incomoda solenemente, é estar ao pé de pessoas que estão a cortar unhas. Desde o click click do corta-unhas, à lima a desbastá-las, acho tudo nojento. Talvez tenha ficado traumatizado desde aquele dia em que aquele fulaninho na paragem do autocarro fazia uso do corta-unhas em público, quando deveria estar fechadinho na casa de banho onde ninguém o visse e ouvisse; ou quando aquela tipinha que estava a limar as unhas dentro do autocarro decidiu limpas as suas células mortas nas cortininhas do mesmo (isto passou-se num autocarro de longo curso), como se fosse a toalha de pano turco lá de casa.
Ora, face às circunstâncias, é natural que olhe meio desconfiado pelos vários corners de nails que abundam pelas zonas comerciais, como algo que me faça espécie. E isto não é nada contra as unhas arranjadas, bem pelo contrário. Mas não gostariam de ter um pouco mais de privacidade? Que toda a gente sabe que ninguém nasce unhas assim, é um facto. Mas é preciso fazê-lo em frente de toda a gente? Para quando a depilação púb(l)ica?

4 comentários:

Adão disse...

E um colega de trabalho, ao teu lado a cortar as unhas... também te faria impressão?

Maria disse...

Não podia estar mais de acordo. Habituei-me desde muito cedo a fazer da higiene pessoal um acto intimo e privado.

Anónimo disse...

E arranjar as sobrancelhas no corredor de um centro comercial?! Também é um espéctaculo digno de se ver...

MMB disse...

Tal e qual! Eu seria INCAPAZ de estar naqueles preparos! É um acto de higiene, logo, é um acto íntimo, que exige algum recato! Mesmo nos "salões" de cabeleireio da província (ou seja, de setúbalcity!), faz-me impressão tratar dos pézinhos no meio do salão (e não numa sala reservada), em que todos assistem ao bonito espectáculo "agora ponha o pezinho esquerdo aqui na toalhinha; o outro continua na água". Blhac!