terça-feira, 27 de abril de 2010

Isto é só comigo?

Nunca gostei de palhaços. Vai daí, depreende-se facilmente que também não goste de palhaçadas. E toda gente sabe que quando não gostamos de algo, é o que mais atraímos. Ora se não, vejamos:

- elogiamos alguém (porque acho que os elogios não devem ficar enfiados no armário a ganhar bafio) e acham logo que nos estamos a candidatar a uma queca monumental (e ainda acho eu que sou presunçoso), chegando ao cúmulo de só combinarem actividades em grupo, para evitarem qualquer encontro a sós (uma orgia deve ser mais seguro, não?);

- A passa a vida a falar mal de B, mesmo nunca tendo tido grande intimidade com B para lhe conhecer os verdadeiros defeitos e não dar azo a mitos urbanos; passado uns tempos A para a ser @ melhor amig@ de B, esquecendo-se de todas as coisas escabrosas que disse (mas das quais é claro que não me esqueci). Não que não se possa mudar de opinião (e ainda bem que se muda), mas não seria melhor ter um bocadinho de tacto e pensar duas vezes antes de se começar a falar mal das pessoas a torto e a direito por dá cá aquela palha? (ou então é tudo um grande cinismo e afinal não são nada grandes amig@s; venha o diabo e escolha!).

- Passarem a vida a fazerem disparates atrás de disparates, a magoarem constatemente as mesmas pessoas (geralmente as que mais gostam delas), levarem sermões atrás de sermões e ainda assim continuarem a fazer exactamente sempre o mesmo - e nós que os aturemos;

- esconderem-nos o sol com a peneira, como se fossemos burros ou distraídos, até mesmo quando perguntamos directamente aquilo que não têm coragem para contar, mesmo que não nos diga respeito, fazendo com que tenhamos de continuar com a farsa que, como devem imaginar, dá tanto gozo como deve dar fingir orgasmos em vez de os ter;

- amigos de longa data desaparecerem da nossa vida sem motivo aparente (com a minha insegurança e porque até tenho dois dedos de testa, a primeira coisa que pensei foi - mas que merd@ terei dito ou feito para ter tido esta reacção?), de maneira que ainda tenho cá presentes de Natal a ocuparem espaço e após várias tentativas de contacto não obter qualquer resposta - mais não fosse para nos mandarem enfiar os presentes no c...aixote do lixo!

7 comentários:

Maria disse...

Risca, Pedro. Gente dessa é para riscar do mapa (com particular destaque para os do último grupo que, francamente, acho que não te merecem).

:)
Bj

Adão disse...

Tanta revolta!

Viviane disse...

Nem sei que te diga Pedro. Tens razão, visto do teu ponto de vista. às vezes existem outros pontos de vista. Imagino que alguém poderia criticar alguns dos mesmos pontos em mim e, no entanto, não me sabem as dores. Há, normalmente, um reverso da medalha.
Beijo ..

Unknown disse...

Olha, embora hoje não seja um bom dia para tecer comentários muito filosóficos...elogiar é sempre bom e quecas tb, por isso não percas o teu tempo...há pessoas que por falta de vida pessoal ou ocupação satisfatória passam a vida a dizer mal da vida dos outros, é inveja, por isso depois ficam amiguinhos...há pessoas que só fazem disparates, pois se é alguém que gostamos só temos é os aturar...De vez em quando temos que fazer o papel de burros e distraídos, cada um leva o seu tempo...os amigos de longa data, se forem amigos voltam, nem sempre estamos disponíveis para estar com os outros e até nós, em alguma fase da nossa vida nos afastamos sem qq razão aparente.
kisses e um bom dia!

Pedro disse...

Maria, não foi preciso, já o fizeram por mim, poupando-me o trabalho ;)

Adão: pode parecer, mas até não; é mais um desabafo relativamente a coisas que não consigo compreender e que por vezes me fazem rir (porque efectivamente me fazem rir).

Viviane: claro que existem outros pontos de vista e sou sempre o primeiro a tentar compreender os outros pontos de vista. As relações funcionam na maior parte das vezes como reflexo e eu sei que do outro lado também há sentimentos menos bons relativamente a mim e estão no seu direito. Mas as relações também são estradas de dois sentidos, se já fiz o meu caminho até ao outro lado, para tentar compreender o que se passa e não obtive qualquer resposta, é porque o outro lado não está interessado em fazer-se compreender, donde se depreende que a amizade não é uma prioridade. E como nos divórcios, há que acatar essa decisão. E para além disso, quer-me parecer que não queremos amizades onde a amizade seja uma prioridade (obivamente, não necessariamente a mais prioritária).

Túlipa: tenho dúvidas se devemos aturar tudo o que nos fazem, mas espero um dia conseguir responder a isso. Quanto ao resto, não se trata de disponibilidade; há amigos que podemos passar anos sem nos vermos, mas o sentimento continua lá, intocável ;)

Luy disse...

Eu tenho exemplos para todos os itens...
It's Human Nature...

Pedro disse...

Luy: se a natureza humana é assim, onde é que deixámos a nave?