quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Goldfrapp no Coliseu

Graças à pistoleira mais rápida do faroeste europeu (cuja identidade não vou revelar, mas posso adiantar desde já que é uma blogger para lá de famosa e de excelente qualidade), pude ir de graça ver Goldfrapp. Isto porque ela é uma porreiraça e se lembrou aqui do je (que lhe andou a massacrar nos últimos três meses para lhe conseguir bilhetes, que eu não tenho de todo sorte ao jogo), depois de ter ganho um concurso de resposta rápida online (pormenores não interessam). Ainda que para isso, eu tenha de ter ido a correr para casa (sim, ando a fazer horas extraordinárias no escritório), tomado um banho a correr (sentido figurado, claro está), engolido à pressa duas fatias de pizza e ainda ter tido tempo para ouvir os problemas existências da L., que estas coisas do destino tem muito que se lhe diga e obviamente que é sempre quando temos menos disponibilidade para os outros que mais precisam de nós.

Foi apenas a terceira vez (se não estou em erro), que fui ao Coliseu. Não gosto da sala, nunca gostei, e evito-a sempre que posso. Porque passados 40 anos, ainda cheira a cavalo. A primeira foi há um monte de anos, para ver a cabra fria e insensível da Diana Krall, que a partir daí é só ouvir os CD em casa, sacados comprados da net, que isto a vida está cara para todos e um sorriso não faz mal a ninguém. A segunda foi há pouco tempo, também porque a R. não podia ir, então lá fui na vez dela (a cavalo dado e bilhetes grátis nunca digo que não) ver aquela coisa do Amália anteontem é para depois de amanhã, que até tem um som porreiro de vez em quando, mas a parte de homenagear a Amália deve ter ficado só mesmo na intenção.

Ora o concerto não foi o concerto do ano, lamento lamentar. Não que tenha sido mau. Mas foi muito curto, que a coisa ficou despachada numa hora e um quarto. Que eu percebo que a Alisson queira poupar o casaquinho que tinha vestido inicialmente para lhe durar o resto da tournée. Agora, pior pior, foram os supostos fãs. Eu, que não sou propriamente fã, que conheço a discografia toda, mas muito por alto ainda fui reconhecendo a maior parte das coisas. Mas aquela gente só vibrava com os êxitos mais comerciais. Entre isto, as cotoveladas de quem nunca viu creme hidratante na vida, aos casais que em vez de ficarem lado a lado preferem ficar abraçadinhos e com isso esmagar quem está à sua frente, à criatura que empunhava um caderninho A6 com o nome das músicas que gostava que fossem cantadas (como se alguém que estivesse no palco, sem luz e aquela distância, conseguisse ler o que quer que fosse) até ao cheiro a refogado-de-três-dias-fora-do-frigorífico de uma criatura que insistia em tirar fotografias desfocadas durante o concerto todo, que não viu nem vai ver, pelo menos focado, venha o diabo e escolha.

Agora, o que me ficou mesmo no goto, foi certa e determinada t-shirt amarela que lá andava, meio estática, mas que à distância me pareceu muito interessante (mas eu ao longe já vou vendo mal). Isto se por acaso leres aqui o blog, não hesites em contactar-me (o endereço vai passar em rodapé). Favor acompanhar com foto de rosto e já agora, de corpo inteiro. Em fato de banho.

(Logo, mudo a musiquinha, se tiver tempo, sim?)

4 comentários:

Ana disse...

é nestas alturas que me aborrece morar no fim do mundo e precisar de tanto tempo e logística para ir a um simples concerto... =(

Paulo disse...

Eheh.

inês, a anónima disse...

a criatura de amarelo era uma ilusão de optica, mon chére:D

Pedro disse...

Inês, se era ilusão, foi para muita gente. Vá, 3 ;)