domingo, 14 de novembro de 2010

Porque eu não sou capaz

Eu sei que a maior parte das pessoas não entende. Até porque esta coisa do: "ter um tempo para mim" acabar por ser ridícula, quando passo a maior parte do tempo sozinho. Vivo sozinho, tenho um trabalho solitário. Até as idas ao ginásio têm sido comigo e com o meu leitor de Mp3. Mas não me lembro da última vez que passei um fim-de-semana sozinho em casa, em que me levantei às horas que quis, andei o dia todo a pastelar pela casa, estando-me literalmente a borrifar para as limpezas semanais. Na verdade, era só isso que queria - eu e o Diniz, enrolados no sofá com uma manta a ver uma porcaria qualquer na televisão para a diarreia mental.
E depois olho para certas mulheres (sim, porque é ainda a mulher que chega a casa e tem de ir pensar no que vai fazer de jantar e se for preciso dar o banho aos filhos, ou mais não seja dar atenção e como deve ser difícil dar atenção aos filhos depois de um dia de trabalho em que o chefe pediu demais, que os colegas embirraram demais, fazer o dito jantar, deixar a cozinha arranjada, tratar da roupa e do resto da casa) e pergunto-me como é que são capazes. E com isto, ainda conseguem ter "tempo para elas", de estarem embrenhadas em qualquer outro projecto, estarem disponíveis para os outros, terem a depilação feita. E tudo com um sorriso. Invejo-as, a sério que as invejo.

2 comentários:

Cat disse...

A parte do sorriso às vezes não dá... só às vezes.

Ana Alves Oliveira disse...

eu ensino-te tudo. com sorriso incluído....