sexta-feira, 30 de abril de 2010

3 (em graça) VII

Maya Gohill, Three Graces.

3 (em graça) VI

Canova, As três graças, Heremitage, Moscovo

3 (em graça) V

Rubens, Las 3 gracias, Museu do Prado, Madrid.

3 (em graça) IV

Lucas Cranach, As 3 graças, Museu do Louvre, Paris.

3 (em graça) III

Boticelli, A Primavera (pormenor). Galeria Uffizi, Florença.

3 (em graça) II

Raphael, As 3 Graças. Musée Condé, Chantilly.

3 (em graça)

As três Graças. Período Imperial Romano. Museu do Louvre.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Se perguntarem eu nego

Penso já ter dito mais do que uma vez que nunca soube o que queria ser quando fosse grande. Ainda hoje não sei e é algo que me irrita solenemente. Porque grande já eu sou (e se não tiver cuidado com o que como, maior serei).
Nos últimos dias tenho reparado que nada na minha vida, sobretudo profissional, acontece por acaso. Se hoje escrevesse a minha autobiografia seria evidente a quantidade enorme de indícios que ao longo da vida foram acontecendo e que de certa forma me foram encaminhando para onde hoje me encontro. Nos livros que li, nos filmes que me tocaram, nada foi deixado ao acaso.
E de repente dei por mim com a composição que redigi na quarta classe a pairar na minha cabeça, após ter visitado certa instituição. E acho que no fundo eu sempre quis trabalhar e estar à frente dos destinos dessa instituição. Que não conheço o seu funcionamento interno. Nem sei sequer se tenho feito as opções correctas para eventualmente nela ingressar. Mas é bom sonhar, não é? E quando me perguntarem o que quero ser quando for grande, já sei o que responder.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ó marketeers do meu país

Se ainda não vos disse, não passa de hoje. Um dos meus guilty pleasure são folhetos de supermercado. O que eu deliro por uma boa publicidade! Até o das excursões eu leio com toda a atenção. Manias. O que é certo é que foi a primeira coisa que fiz quando vim para esta casa: arrancar o autocolante que diz publicidade aqui não. Alguma vez eu ia impedir que as promoções chegassem até mim?
Claro que o rei das promoções é o Lídel (já ouvi dizer Líder também). Mas esta semana, devido a uma nova campanha, a coisa não correu lá muito bem. Porque há palavras que, quando conjugadas na mesma frase, não soam nada bem. Sobretudo quando uma das palavras é XXL. Senão vejam, com os vossos próprios olhos:



terça-feira, 27 de abril de 2010

Isto é só comigo?

Nunca gostei de palhaços. Vai daí, depreende-se facilmente que também não goste de palhaçadas. E toda gente sabe que quando não gostamos de algo, é o que mais atraímos. Ora se não, vejamos:

- elogiamos alguém (porque acho que os elogios não devem ficar enfiados no armário a ganhar bafio) e acham logo que nos estamos a candidatar a uma queca monumental (e ainda acho eu que sou presunçoso), chegando ao cúmulo de só combinarem actividades em grupo, para evitarem qualquer encontro a sós (uma orgia deve ser mais seguro, não?);

- A passa a vida a falar mal de B, mesmo nunca tendo tido grande intimidade com B para lhe conhecer os verdadeiros defeitos e não dar azo a mitos urbanos; passado uns tempos A para a ser @ melhor amig@ de B, esquecendo-se de todas as coisas escabrosas que disse (mas das quais é claro que não me esqueci). Não que não se possa mudar de opinião (e ainda bem que se muda), mas não seria melhor ter um bocadinho de tacto e pensar duas vezes antes de se começar a falar mal das pessoas a torto e a direito por dá cá aquela palha? (ou então é tudo um grande cinismo e afinal não são nada grandes amig@s; venha o diabo e escolha!).

- Passarem a vida a fazerem disparates atrás de disparates, a magoarem constatemente as mesmas pessoas (geralmente as que mais gostam delas), levarem sermões atrás de sermões e ainda assim continuarem a fazer exactamente sempre o mesmo - e nós que os aturemos;

- esconderem-nos o sol com a peneira, como se fossemos burros ou distraídos, até mesmo quando perguntamos directamente aquilo que não têm coragem para contar, mesmo que não nos diga respeito, fazendo com que tenhamos de continuar com a farsa que, como devem imaginar, dá tanto gozo como deve dar fingir orgasmos em vez de os ter;

- amigos de longa data desaparecerem da nossa vida sem motivo aparente (com a minha insegurança e porque até tenho dois dedos de testa, a primeira coisa que pensei foi - mas que merd@ terei dito ou feito para ter tido esta reacção?), de maneira que ainda tenho cá presentes de Natal a ocuparem espaço e após várias tentativas de contacto não obter qualquer resposta - mais não fosse para nos mandarem enfiar os presentes no c...aixote do lixo!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Das tripas coração

No outro dia conversava com alguém e dizia-lhe que não há grande coisa a mudar na minha vida. Não sentiria grande tristeza se, nesse dia, ao deitar-me, não mais acordasse. Porque neste momento da minha vida, não sinto que tenha muitas mais metas a atingir. É certo que sempre tive dificuldade em projectar-me numa tela em branco, bem como os meus desejos e aspirações. Mas na realidade, tudo aquilo que possa eventualmente desejar neste momento soa-me a um conjunto sem fim de frivolidades. Porque, na realidade, já tenho tudo o que basta para ser (e sentir-me) mais do que feliz. Eventualmente, mais e melhor conhecimento. O que implicaria sim, mais viagens, mais tempo para ler, ouvir música, assistir a filmes e concertos. E sim, muitas frivolidades materiais. Que valem o que valem. Mas não morreria se não fizesse mais do que faço actualmente.

O problema muda de figura quando olho à minha volta. Quando as pessoas de quem gosto (muito) sofrem. Porque estão doentes, porque chegam ao fim do mês sem conseguir pagar todas as contas com os magros salários que recebem, porque sofreram um desgosto de amor. E se eu conseguia dormir sabendo que há fome em África, redes de escravatura humana no mundo e por aí fora, há noites em que custa adormecer, por saber que uma parte de mim, que são aqueles de quem gosto, não conseguem ter uma noite descansada. E são essas noites, que o rochedo que tento ser, se sente uma migalha de pó. E por mais que me multiplique, sei que não posso chegar a todo o lado, porque não tenho super-poderes. E perante a inevitabilidade da impossibilidade, o que fazer?

sexta-feira, 23 de abril de 2010

E

se vos parece mal estar tão contente e partilhar isso convosco, por uma razão tão frívola como é uma festa, tenho para vós a montra de uma loja de telas que descobri em Bruxelas.


(não havia com Prince, lamento, senão era a que teria posto)

É

hoje e estou numa excitação danada. Tipo dia de Natal. Aliás, olhando para fotografias antigas, retenho-me numa de um Natal, tinha para aí uns cinco anos, na qual estava verdadeiramente efusivo. Não que apareça em fotografias com ar carrancudo; sou de sorriso fácil e as minhas gargalhadas são para lá de sonoras. No entanto, sempre fui muito contidinho no que toca às emoções, mesmo naquelas de grande entusiasmo. Como se não tivesse direito a gozar o momento com verdadeiro prazer.
"Estavas, linda Inês, posta em sossego,
De teus anos colhendo doce fruito,
Naquele engano de alma, ledo e cego,
Que a fortuna não deixa durar muito, (...)"
É altura de agarrar estes momentos com as duas mãos e fazer a festa, porque eu mereço.

Ever look at your Ex and think, Was I drunk our whole relationship?

I think I was.

(é um grupo do Facebook, qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência).

quarta-feira, 21 de abril de 2010

E não pensem

que é por não querer que os pais se mantenham a leste do que se passa na minha vida. Se há ainda alguém a quem dou satisfações da minha vida é a eles e ninguém me conhece melhor que eles. E apesar disso, como considero que os pais não têm de ser os melhores amigos dos filhos, têm sim de ser pais, quero estar à vontade para se me apetecer, contar anedotas porcas no facebook. Eles sabem perfeitamente que as conto, têm sentido de humor mais do que suficiente para lhes achar graça, mas não quero que as oiçam contadas por mim. Que as oiçam dos amigos, que é para isso que servem.

É um ver se te avias

Primeiro foram alguns leitores mais atentos do blog que me descobriram no Facebook, quando queria passar incógnito. Depois, alguns colegas de trabalho, daqueles que falamos uma vez por ano. Comecei a torcer verdadeiramente o nariz quando primos afastados me quiseram adicionar às suas redes, sobretudo porque são exactamente aqueles que não me apetecer ser amiguinho. No dia em que os meus pais se atreverem a criar um perfil, eu cancelo a conta!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Se estivesses aqui agora, beijava-te

Imaginem precisarem de certos e determinados dados para o trabalho que estão a realizar. Agora imaginem que esses dados não são portugueses, mas sim brasileiros. E agora que esses dados só estão disponíveis em solo brasileiro e, com sorte (ou falta dela), nem em todo o lado. Que fazer? Entrar em contacto com a nossa amiga A., que lá está a trabalhar, namorar, passear no calçadão, seja lá o que for, dar-lhe as indicações daquilo que precisamos e rezar muito para que os encontre. Passou uma manhã em cima de um escadote, a folhear livros mais antigos que os nossos avós, com mais pó que a Sé de Braga em obras, mas conseguiu parte dos dados, que acabaram de me chegar por mail, digitalizados. O que posso querer mais? O resto dos dados, pois claro, porque amigos que me safam quando preciso, está visto que os tenho!

sábado, 17 de abril de 2010

Bal masqué II

Lembram-se das minhas dúvidas existenciais acerca dos fatos de carnaval que usaria este ano?

Pois bem, para a semana vou ter uma festa de anos, num dos mais bonitos palácios da capital. A temática serão os séculos XVII e XVIII, de maneira que tenho o assunto mais do que resolvido. Vou tirar o fatinho de mosqueteiro do armário, arejar as rendas (entre mim e uma french maid não deve haver grande diferença). E adiantar um outro fato, que me pediram para fazer. Depois mostro fotos!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

E quando pensávamos que não podia piorar...


Eis que nos deparamos com a Maitê Proença.

Da Bélgica

Um país que tem como símbolo nacional um puto a fazer xi-xi e que tem como principais produtos chocolates (dos quais não sou particularmente fã), cerveja (idem) e naperons... não se pode esperar muito, verdade?

terça-feira, 6 de abril de 2010

Ainda da Páscoa

Nunca gostei da Páscoa. Não tenho praticamente nenhum crucifixo em casa (digo quase, porque os que existem não são de todo convencionais). Sempre me fez confusão comemorar a morte de alguém. Sobretudo de alguém que deu a vida por nós. Sempre achei uma enorme responsabilidade para mim. Como se por isso, tivesse obrigação de ser ainda melhor. Porque senão, qual o interesse do sacrifício? Mas não deixa de haver nisso algum orgulho mesquinho nessa minha forma de ver a Páscoa e tudo o que ela representa. Porque na verdade, aceitar o que de bom os outros nos fazem, sem nos sentirmos com isso desmerecedores de tal acto, é também um exercício de humildade. Aceitar a nossa condição humana de imperfeição e incompletos, far-no-á aproximar mais do próximo e aceitar em pleno a sua amizade. É este o meu desejo para esta Primavera que agora renasce.