Um dos melhores álbuns de Amália Rodrigues vai ser finalmente lançado em CD. Com participação de Natália Correia (que transcreveu o cancioneiro medieval português para português moderno) e Ary dos Santos e com esta belíssima capa de Maluda, tem uma das minhas músicas preferidas de sempre. Com letra de D. Dinis.
coita qual padesco que non morresse,
se non eu, coitada, que non naçesse,
porque vos non vejo com' eu queria;
e quisesse Deus que m' escaecesse
vós que vi, amigo, en grave dia.
Non sei, amigo, molher que passasse
coita qual eu passo que já durasse
que non morress' ou desasperasse,
porque vos non vejo com' eu queria;
e quisesse Deus que me non nembrasse
vós que vi, amigo, en grave dia.
Non sei, amigo, quen o mal sentisse
que eu senço que o sol encobrisse
se non eu, coitada, que Deus maldisse,
porque vos non vejo com' eu queria;
e quisesse Deus que nunca eu visse
vós que vi, amigo, en grave dia.
2 comentários:
Epá, as dores de cabeça que tive com isto o ano passado em Literatura Portuguesa... Mas no fundo, até valeram a pena!
Claro que valem ;)
Enviar um comentário