Aos quinze anos tinha muitas expectativas quanto ao futuro. E desejos. Entrar na faculdade, finalizar o curso; ter uma relação estável e um espaço meu, que é como quem diz, ter casa própria.
E pode-se dizer que relativamente cedo consegui isso - bom, a bem da verdade a relação estável foi mais relações estáveis, como bom monogâmico em série que sou, mas isso não interessa nada.
A questão é, volvidos mais do dobro dos anos que tinha na altura, que em encontro praticamente sem objectivos de vida, se exceptuarmos a manutenção dos sonhos antigos, ou até mesmo um upgrade dos mesmos. Falo de uma casa maior, de um trabalho que me agrade tanto quanto este, mas que seja melhor pago e até mesmo casamento seja uma palavra que eu equacione, pelo menos no meu dicionário. Mas isto não chega, sobretudo quando a realidade à nossa volta é tão medonha. São precisos sonhos e eu não os tenho. Apenas sei que quero dançar. E ganhar.
* Mia, Pulp fiction
2 comentários:
É dar inicio à época de apanha-sonhos. Ou, agora, apanhassonhos. Ou sacar de uma cerveja e brindar à concretização dos antigos.
Dançar é um bom colírio para a falta de sonhos. :)
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