sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Concerto Orquestra Gulbenkian

Ontem lá fui à Gulbenkian (ou Gulbenkiã, como dizem as senhoras da Antena2, que se calhar é a pronúncia arménia que eu não sei, ou talvez as senhoras também dizem restaurã) assistir ao concerto dirigido pelo maestro Lionel Bringuier. Bilhetes ganhos num concurso do Fb, que os tempos não estão para gastos excepcionais. Tomara para bifes (nunca fui fã de papas). Muito embora a música em particular, mas a cultura em particular, possa fazer muito mais por uma pessoa que um prato cheio.
Do concerto, faziam parte duas peças de Sibelius e uma outra de Marc-André Dalvabie, a que carinhosamente denominei O voo do moscardo sob efeito de substâncias psicotrópicas. Felizmente, estas obras modernas subvertem até mesmo a concepção de concerto que, em vez dos habituais três andamentos, só tem um (e muitas graças a Deus damos por isso).
Se Lionel Bringuier já nos tinha preparado para Sibelius logo no início do concerto, devo dizer que, ainda assim, não estava preparado para a segunda parte do concerto, nomeadamente a sua direcção musical. Majestosa e efusiva, faz a Santa Teresa de Bernini parecer o que realmente é - uma fria estátua de pedra. Foi deliciosamente orgasmático, fazendo ferver todo o gelo finlandês.
Aqui, na batuta de Leonard Bernstein, último andamento.

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