sábado, 3 de agosto de 2013

"that, my darling, is my most treasured possession in the whole wide"

Se calhar, se fosse menos pobrezinho, pensaria de modo diferente e não me causaria tanta confusão o dinheiro que se gasta em objectos que outrora pertenceram a pessoas já defuntas. Nem é, provavelmente, a questão do dinheiro. É certo que, a nível artístico, ou até mesmo literário, não há outra forma de adquirir determinados objectos, arte ou livros, senão herdando-os. Também ainda consigo perceber, ainda que pouco, o fascínio que certos objectos possam ter, exactamente pela aura do antigo possuidor. Por razões que não me interessam, já me passaram pelas mãos documentos escritos por diversas personalidades. Reis, políticos, artísticos. Ao fim da terceira, já nos parece tudo o mesmo. Indiferente. Até agora, as cartas da Rainha Vitória e de Sarah Bernhardt foram as únicas que até agora me provocaram alguma comoção, mas não a suficiente para me lançar nas aventuras de compra e venda de antiguidades, memorabilia e afins.
Posto isto, percebo que, no meio desta história toda, o que me faz revirar os olhos é realmente a cagança que rodeia a aquisição de objectos, cujo valor só está nos olhos de o faz (e assim inflacionar, de forma extravagante, o seu preço - são as leis do mercado, estúpido). E isso, só me faz lembrar esta cena

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