segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Experiências post-mortem

Tacones Lejanos, 1991

Na semana passada assisti ao concerto de Luz Casal no CCB e por breves momentos pareceu-me estar a assistir a tudo aquilo, não só o que se passava no palco, mas também na plateia, no outro lado dos camarotes, pelo lado de fora, como se aquela realidade fosse exterior a mim; como se por instantes, se tivesse rompido as conexões de partilha entre espectador / artista, entre espectador / espectador. Depois, a percepção do quão é difícil superarmo-nos a nós próprios, quando atingimos mais ou menos precocemente algum sucesso e da importância de cortamos de vez essa ligação ao passado. Deixar ir aquilo que já não somos, que já não temos, que não queremos. E ressuscitar.


3 comentários:

Terapia das palavras... disse...

Nem sabes o que isto me faz sentido,,,

Nao diria melhor, pois foi isto que senti no passado fim semana quando fui confrontada com a realidade que julgava nao fosse assim,,,tão...real..!

Muito bom mesmo esta definiçao..

Pedro disse...

Ainda bem que isto faz sentido para alguém :)

Terapia das palavras... disse...

Para ti julgo tambem o fez ;)