quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Fados

Amália Rodrigues, Maria Teresa de Noronha, Hermínia Silva, Fernanda Maria, Beatriz da Conceição

Oito da noite. Fnac. Secção de recitais líricos. A loira dirige-se para mim em inglês: Escuse me, please. Where do I find Fado?

Oportunidade para treinar o meu inglês falado, que será preciso em breve. Lá lhe expliquei que era noutra secção e que não me importava de lhe mostrar onde era. Lá me disse que não sabia nada de português, só um pouco de espanhol (e?!) e que tinha alguma dificuldade em escolher um álbum, pois não sabia que intérprete escolher. Conhecia a qualidade de Amália, mas que preferia outra coisa. E que gostava de conhecer alguém da nova geração. É verdade, percebi que só gosto de gente morta. Ou quase. Com algumas excepções. Lembrei-me de Camané, Raquel Tavares, Aldina Duarte, Kátia Guerreiro (embora as duas últimas já me tenham convencido mais). Não me lembrei de Maria Ana Bobone nem de Gonçalo Salgueiro. Demovia-a de levar Mariza, afiaçando-lhe que, no entanto, era o meu gosto pessoal. Nomes como Ana Moura ou Joana Amendoeira, lamento, mas conheço (muito mal) mal.

Hermínia Silva, Maria Teresa de Noronha - as minhas grandes referências a par de Amália; mas também Carlos Ramos (que o meu avô gostava tanto de ouvir), Lucília do Carmo ou Vicente da Câmara (o único dos Câmara e afins que consigo achar alguma graça) encabeçariam a minha lista. Necrológica, neste caso.

E a velha guarda - Celeste Rodrigues, Argentina Santos, Fernanda Maria, Maria da Fé e Beatriz da Conceição. Foi esta que me apeteceu ouvir quando cheguei a casa.

A loura acabou por levar uma colectânea. Com vivos e defuntos.


2 comentários:

José Daniel Ferreira disse...

Uma colectânea fica sempre bem. Junta os vivos com os mortos, o que é bonito e saudável. E óptimos nomes que referiste. Só não entendo a falta do Pedro Moutinho e da tua vizinha do Torel :)
Ainda bem que não recomendaste a Mariza... a senhora não te deve ter feito mal nenhum para merecer levar um CD da Mariza para casa.
Hoje, nem de propósito, deu-me uma vontade enorme de ouvir o Fado Hilário da Maria Teresa de Noronha enquanto passeava pelo Chiado. Só parei na FNAC e comprei o disco Saudade das Saudades que, além de ainda não o ter, tinha esse fado. Lá vim eu com esse disco e com um do Al Jarreau, que fica sempre bem e recomenda-se.
E não comento a omissão do Carlos do Carmo nesse rol de vivos e mortos... estranho seria o contrário :)
E sabes que mais? "A mulher e a Sardinha só se quer da pequenina"... e por pequenina, boa Madonna, caso não falemos até lá.
Tenho dito.

Pedro disse...

Era mesmo para alguém dar pela ausência...