terça-feira, 11 de janeiro de 2011

2010

Soube desde o início que não iria ser nem um ano bom, nem um ano mau. Iria ser o prolongamento de situações anteriores, sem grandes alterações. E assim foi.

Talvez o desafio mais importante deste ano, tenha sido o facto de ter acompanhado de perto e com mais responsabilidade, a doença de alguém muito próximo. Um filme outrora visto, mesma doença, outra pessoa pessoa igualmente próxima. Foi duro, muito duro. Mas, como da outra vez, o que não nos mata torna-nos mais fortes.

Foi também o ano em que literalmente o passado me bateu à porta, até bem ao ano findar. Pessoas que de repente entraram novamente na minha vida  - esperemos que para ficarem-, outras que apenas pediram perdão dos erros cometidos, outras ainda que, tal como apareceram, voltaram a desaparecer.

Aprendi também que não é toda a gente que nos magoa. Porque podem querer, podem tentar, podem ser realmente muito maus (e há gente que de tão má, se torna patética), mas nós só sofremos se quisermos. Tudo passa pela importância que lhes damos. E felizmente, somos dotados dessa coisa maravilhosa que se chama livre arbítrio, que nos permite mover montanhas.

E depois o tempo, esse velho aliado, que nos permitiu ultrapassar as dores, mostrando-nos de que nada adianta sofrer em demasia e de que nos preocupamos demasiado no tempo presente, pois quando o presente se torna passado, deixa de ter o significado que anteriormente detinha. 

Vistas assim as coisas, que muitas delas não passam de lugares comuns, mas que no dia-a-dia nos esquecemos frequentemente, não posso dizer que tenha sido um ano mau. Um ano, sim, de aprendizagem, que eu espero ter presente nos que se seguem.

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