quinta-feira, 9 de junho de 2011

Maria Bethânia Especial Portugal




Foram precisos muitos anos. Foi algures em 1998, em casa do J., um grupo de amigos reunidos na sala. Ela recitava um poema em francês e irrompia-o a cantar. E eu, que sempre a tinha ouvido, comecei a ouvi-la de forma diferente do que até então tinha ouvido. Desde então poderia tê-la visto um montão de vezes. Mas, por variadissimas razões, tal nunca aconteceu. Até ontem. Porque a quiseram ver comigo.



Entrou selvagem, em saia de seda e cabelo indomável. E do princípio ao fim, só me apeteceu chamar-lhe nomes. Por abrir a boca e a voz sair-lhe como a água jorra das fontes. Segura e precisa. Foi uma viagem curta, de caminhos pouco trilhados. Mas, ainda assim, conseguiu arrebatar uma audiência aborrecida por meia hora de atraso. E arrancar-me emoções de mansinho.



1 comentário:

CoisasDaGaja disse...

Inveja! Inveja! Inveja! :)) Gostava muito de a ter visto, mas foi impossível...