Tinha eu 13 anos quando o Correio da Manhã, na altura com um suplemento jovem dedicado à literatura (antes mesmo que o DN Jovem) publicou um poema meu, com o qual ganhei uma bíblia de Introdução à Economia, que depressa despachei a quem lhe desse o devido valor. Na altura, foi o pretexto para a Mãe, munida do exemplar do jornal debaixo do braço, calcorrear a cidade e mostrá-lo a toda a gente - tal como um trisavô meu, quando ficou meio tantã, se pôs à porta de casa a distribuir libras de ouro a quem passasse.
Estas coisas dos genes que nos correm no sangue, na pleura e até na bílis fez que nunca mais quisesse publicar nada. Tal como a Mãe fez questão de nunca mais figurar no quadro de honra do Colégio, quarenta anos antes, devido ao orgulho desmedido da Avó, que fez alarde do acontecimento.
Contudo, foi também esse mesmo orgulho que me fez hoje abrir a revista onde estão publicados os trabalhos da minha amiga L., para os mostrar às senhoras que estavam na papelaria Elegante do meu bairro.
3 comentários:
Não viste tu os meus exemplares da revista Teenager que constam em dois dossiers recheados...
Que saudade do DN Jovem e de estar sempre à espera de alguma crítica e de ver quais os textos publicados! Agora viajei no tempo...
:)
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