sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O síndrome caixa de areia


Se há coisa para a qual não tenho grande paciência, é ter de levar com alguém de quem não gosto. Não me refiro às pessoas que, de certa forma, já nos trataram mal, mas sim àquelas que têm um comportamento, apesar de não interferirem directamente connosco, esse comportamento nos causa alguma espécie. De maneiras que é frequente afastar-me do contacto dessas pessoas, arrastando com elas algumas pessoas de quem gosto e que até são minhas amigas, de forma directamente proporcional ao tempo que estas passam com aquelas. Não que amizade se altere, apenas há menos tempo para estar com as pessoas – longe de mim ultimar um ou eu ou el@.
Obviamente que isto desperta em mim aquele sentimento que faço sempre paralelismo com a Miranda do Sexo e a Cidade, num dos episódios da primeira série, quando acha que ninguém quer participar numa ménage à trois com ela – o síndrome-caixa-de-areia-em-que-estou-sozinho-a-brincar-e-ninguém-quer-brincar-comigo (ainda que por capricho meu, claro está). E fico sempre na dúvida se eu é que sou o caprichoso, mau-feitio ou então se de certa forma sou o único iluminado, o único que vê o que mais ninguém vê, porque está toda a gente divertida, como se fossem os melhores amigos do mundo.
Nem uma coisa, nem outra. Vai-se a ver e por portas travessas descobre-se (a verdade vem sempre ao de cima, mais cedo ou mais tarde) que, afinal, não sou o único a achar o mesmo dessas pessoas. A única diferença é que não sou capaz de fingir que gosto, nem tão pouco indiferença. Mas depois de saber que, afinal, os que se mostram tão amiguinhos (uns dos outros), afinal não o são, começo mesmo é a sentir pena dessas pessoas, porque afinal de contas vivem numa mentira.

1 comentário:

altar disse...

Fora isto o Facebook e tinhas já aqui um buédalike!