Dar aos filhos nomes como Lourenço ou Rodrigo, numa longa linhagem
de Tatianas e Vanessas; alterar a grafia dobrando LLL, fazendo renascer TH ou
até mesmo PH e I gregos, pensando que fazem distinção um clã de estatuto
superior de outro inferior, quando na verdade, à época, a grafia nem sequer estava
fixada, podendo-se escrever de qualquer forma; acrescentar DE ou E quando não
existem, como se em Portugal houvesse a distinção entre ser-se duque de
Freixo-de-Espada à Cinta ou em Freixo-de-Espada
à Cinta – sobretudo por parte de pessoas que pensávamos imunes a tais
pormenores ou por não precisarem de todo, por ostentarem suficientes
pergaminhos ou por não darem importância nenhuma esses pequenos particularismos
tão típicos de determinadas camadas sociais, é coisa para me deixar sem esperança
na humanidade.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
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8 comentários:
Sim, diz que há casos de pessoas que, com a idade, acrescentam consoantes ao nome. Conheço um.
Já eu fiz um percurso inverso: tenho um "de" que omitia na assinatura; mas depois de muita chateação com gente que me dizia "ai, que assim não condiz com o BI e tal", passei a usá-lo. O "de" não é de nada, que não tenho sangue azul nem parentes nobres. Na minha ascendência é tudo plebeu :D
Há apelidos que se apresentam com a partícula de ou e; não me choca que se use. Choca-me é que os ponham aos filhos, quando não existem nos seus próprios apelidos...
O meu de vem de papai, não foi mesmo inventado. Mas sim, ele há casos... uma palermice. E também há gente que acha o seu apelido muito pobrezinho e vai buscar outro a avós ou bisavós, mais compostinho.
Para ficar mais compostinho ou por haver um primo famoso, também conheço casos assim
Podes crer, é muito mau...sobretudo porque um nome é só um nome, e nada mais que isso, o conteúdo esse é um pouco mais díficil de tornar mais 'in'...por isso há muito martim e muito rodrigo, como há muita Matilde, cujo pé fugirá irremdiavelmente para o chinelo...
Daqui, pessoa que tem seis nomes e um último apelido que muito é alvo de brincadeiras.
Os seis nomes não denunciam realeza mas o facto de o último da mãe não ficar nada bem com o último do pai e para levar dois do pai - bem os meus pais são da geração "viva a igualdade" - levei dois da mãe também.
Quanto ao último, enfim, estou à espera de uma piada completamente inédita até hoje. A maior pirosice resulta do facto de todas as mulheres da família materna terem um Maria no nome.
Sendo assim, dois nomes próprios, quatro apelidos, seis nomes no total, pouco bonitos, um gera piadas e não os troco ou mudo por nada deste mundo. São dos meus pais.
Eu pelo menos tenho tudo nomes do povo, e dos meus antepassados, os mais ilustres, sou do ramo da filha bastarda, logo, não tenho mesmo onde cair morto LOLOLOL
AMÉN
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