terça-feira, 20 de maio de 2008

Os rebanhos

Finalmente, acabei de montar a estante que vieram hoje entregar. Estava a ver que não! Não foi o dia inteiro, mas quase. Tenho os dedos que nem posso. Que tal para a próxima pedir também o serviço de montagem?!? É o que dá ter a mania que se gosta de bricolagem... E tudo seria mais fácil, se não tivesse partido a aparafusadora eléctrica logo no início da montagem. Mas adiante!*

Que maravilha é passar uma tarde em casa, com o televisor sintonizado nos canais nacionais! O auge deve ter sido quando algumas pessoas se manifestavam por não terem bilhetes para assistir aos treinos da selecção, em Viseu.

E contra os aumentos sucessivos e descarados do preço dos combustíveis, ninguém? E isto a propósito da conversa que tive ontem com o pai, acerca destes assuntos. "- Se fosse noutros tempos, já haveria manifestações contra estes aumentos."

Pelos vistos, deve andar toda a gente de barriga cheia. E ainda bem. Depois, não se venham queixar. Como dizia a bisavó A."O povo é como as ovelhas, esquece depressa!".
Mas sobre a memória, falarei um outro dia.

* Foi uma peça que se partiu. Tive o trabalho de a desmontar para ver o que se passava. Ainda bem que estava partida, sem remédio algum, porque duvido que a fosse capaz de a montar novamente!

2 comentários:

Adão disse...

De facto andamos adormecidos. Mal cai a noite escondemo-nos em casa, com medo que algum primeiro-ministro nos pregue uns valentes açoites, repetidos várias vezes nos rabos mais afoitos. Já tinha sido alertado, que vivia num país de brandos costumes. Nunca pensei, que isso fosse sinónimo de gente fraca, mesquinha e sem vontade própria. Com medo da sua própria sombra, que não emite uma opinião sonora, mesmo que se encontre só. Já me tinham avisado também, que todos nós temos o que merecemos… e se calhar Portugal merece o que tem. Os portugueses que tem. O (des)governo que tem. A mediocridade que tem. Não, não… não me ataquem dizendo que sou “anti – portuga”. Nada disso. Adoro ser português e de cá estar. Mas criam-me nervos as injustiças, a imparcialidade descarada e a falta de vergonha da impunidade.
Mas concordo. Gostamos mesmo é de rebanhos. De anularmo-nos da crítica, com medo de sermos postos de lado. De sermos considerados os “ranhosos” ou os “negros”… Então vamos vivendo assim… aninhados nesta enorme massa amorfa… apertando um bocadinho na esquerda… aliviando a direita, e vice-versa. Esperando por um D. Sebastião… que teima em não aparecer. Que não vai aparecer. E que se está a “cagar” para todos nós!

Anónimo disse...

Ah bricolage, esse grande mundo!