domingo, 21 de outubro de 2012

A verdade é esta: quando temos um problema nas nossas vidas podemos sempre partilhá-lo com quem nos rodeia e gosta de nós ou então escondê-lo para poupá-los de qualquer sofrimento. 
Há coisa de três ou quatro meses recebi uma notícia menos agradável - em breve vou estar, como muitos milhares de pessoas, no desemprego. Como tal só aconteceria daí a uns meses - antes do final deste ano - resolvi mantê-lo em segredo de grande parte das pessoas e dos pais. Pareceu-me (e parece-me) a decisão mais acertada. No entanto, a verdade é que não há nada que substitua o colo deles quando todo o chão nos escapa.

15 comentários:

Lobo disse...

Percebo a lógica... mas a verdade é que nada ganhamos a esconder as coisas, principalmente porque depois aqueles que nos conhecem não compreendem certas decisões, atitudes, comentários e acham-nos ingratos, ou julgam-nos sumariamente... de uma maneira muito crítica.

stiletto disse...

Um fardo dividido custa menos a carregar. Procura os colos que te puderem ajudar. Que tudo corra pelo melhor.

ana disse...

Espero que tudo corra bem. Mas, de facto, esconder não ajuda, é só mais um sufoco para levarmos sozinhos.

Izzie disse...

Desejo muita, muita sorte para o futuro.

Alexandra disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Alexandra disse...

Pedro, o importante é não esquecer que são realmente milhares, sobretudo quando aparecerem os sentimentos parvos de culpa, frustração e inutilidade.

Mãos à obra, não desistir e tentar não perder a esperança. Isto de uma pessoa que oficialmente não está desempregada mas a quem o trabalho falta durante muitos, muitos dias.

Força e beijinho.

:)

Pedro disse...

Obrigado a todos pelo apoio. Quando referi os milhares foi intencional, não me sinto um ET no meio da realidade. Na verdade o verdadeiro choque foi há 4 meses atrás e só o foi porque o fim do contrato só deveria acontecer em meados do próximo ano. Terminar sete meses antes do previsto faz sempre diferença. Mas a realidade é que nunca conheci estabilidade laboral, mas também nunca estive mais do que 3, 4 meses sem trabalhar, numa área tão difícil como a minha (sim, hoje em dia não há áreas fáceis). Por isso, estou optimista, tudo se resolve.

D. disse...

Desemprego à parte, que também eu infelizmente, sei o que é isso, cada um tem as suas opções e formas de agir e reagir, mas eu gosto muito do colinho dos familiares e amigos. :D

Cat disse...

Pedro não há realmente como esse colinho e, avaliando como seria pelos meus, depois ficarão até um pouco aborrecidos por terem sido "privados" de dar esse apoio, mas entendo-te perfeitamente na necessidade de poupar os nossos às preocupações. Um abraço.

Anónimo disse...

:( Vais ter que encontrar uma solução! E não poes pensar que se o país está em crise, não vais encontrar. já esteve em crise e tu encontraste. Portanto, vais ver que encontras uma solução!!!!Raquel Leal

A Mais Picante disse...

Muita sorte e nada de frustração. Pode acontecer a qualquer um e, infelizmente, hoje em dia, acontece aos mais seniores e muitas vezes mais capazes.

Sun disse...

You'll always have Paris...!

Pedro disse...

Obrigado pelo apoio, mesmo :)

apessoa disse...

Eu falo exactamente o mesmo! Fi-lo quando o meu pai teve um acidente em França e só avisei a mãe no dia seguinte, fi-lo quando meu filho entrou em coma e só avisei dias depois. Fi-lo tantas vezes, tantas... E nem sempre fui bem interpretada, aguento sozinha, e gosto portanto compreendo-te perfeitamente

S.o.l. disse...

Compreendo o porquê de não contar. Sou assim também.
No entanto, e por mais contraditório que pareça, contamos a "estranhos" aquilo que não dizemos à familia, como o caso de o teres exposto aqui.

Beijinho e boa sorte ;)