A verdade é esta: quando temos um problema nas nossas vidas podemos sempre partilhá-lo com quem nos rodeia e gosta de nós ou então escondê-lo para poupá-los de qualquer sofrimento.
Há coisa de três ou quatro meses recebi uma notícia menos agradável - em breve vou estar, como muitos milhares de pessoas, no desemprego. Como tal só aconteceria daí a uns meses - antes do final deste ano - resolvi mantê-lo em segredo de grande parte das pessoas e dos pais. Pareceu-me (e parece-me) a decisão mais acertada. No entanto, a verdade é que não há nada que substitua o colo deles quando todo o chão nos escapa.
15 comentários:
Percebo a lógica... mas a verdade é que nada ganhamos a esconder as coisas, principalmente porque depois aqueles que nos conhecem não compreendem certas decisões, atitudes, comentários e acham-nos ingratos, ou julgam-nos sumariamente... de uma maneira muito crítica.
Um fardo dividido custa menos a carregar. Procura os colos que te puderem ajudar. Que tudo corra pelo melhor.
Espero que tudo corra bem. Mas, de facto, esconder não ajuda, é só mais um sufoco para levarmos sozinhos.
Desejo muita, muita sorte para o futuro.
Pedro, o importante é não esquecer que são realmente milhares, sobretudo quando aparecerem os sentimentos parvos de culpa, frustração e inutilidade.
Mãos à obra, não desistir e tentar não perder a esperança. Isto de uma pessoa que oficialmente não está desempregada mas a quem o trabalho falta durante muitos, muitos dias.
Força e beijinho.
:)
Obrigado a todos pelo apoio. Quando referi os milhares foi intencional, não me sinto um ET no meio da realidade. Na verdade o verdadeiro choque foi há 4 meses atrás e só o foi porque o fim do contrato só deveria acontecer em meados do próximo ano. Terminar sete meses antes do previsto faz sempre diferença. Mas a realidade é que nunca conheci estabilidade laboral, mas também nunca estive mais do que 3, 4 meses sem trabalhar, numa área tão difícil como a minha (sim, hoje em dia não há áreas fáceis). Por isso, estou optimista, tudo se resolve.
Desemprego à parte, que também eu infelizmente, sei o que é isso, cada um tem as suas opções e formas de agir e reagir, mas eu gosto muito do colinho dos familiares e amigos. :D
Pedro não há realmente como esse colinho e, avaliando como seria pelos meus, depois ficarão até um pouco aborrecidos por terem sido "privados" de dar esse apoio, mas entendo-te perfeitamente na necessidade de poupar os nossos às preocupações. Um abraço.
:( Vais ter que encontrar uma solução! E não poes pensar que se o país está em crise, não vais encontrar. já esteve em crise e tu encontraste. Portanto, vais ver que encontras uma solução!!!!Raquel Leal
Muita sorte e nada de frustração. Pode acontecer a qualquer um e, infelizmente, hoje em dia, acontece aos mais seniores e muitas vezes mais capazes.
You'll always have Paris...!
Obrigado pelo apoio, mesmo :)
Eu falo exactamente o mesmo! Fi-lo quando o meu pai teve um acidente em França e só avisei a mãe no dia seguinte, fi-lo quando meu filho entrou em coma e só avisei dias depois. Fi-lo tantas vezes, tantas... E nem sempre fui bem interpretada, aguento sozinha, e gosto portanto compreendo-te perfeitamente
Compreendo o porquê de não contar. Sou assim também.
No entanto, e por mais contraditório que pareça, contamos a "estranhos" aquilo que não dizemos à familia, como o caso de o teres exposto aqui.
Beijinho e boa sorte ;)
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