Toda a gente sabe que, neste mundo blogosférico, para se ser
alguém (queria tanto!) tem-se obrigatoriamente de se fazer um post sobre
sapatos. E chegou o dia. Não, nenhuma marca me contactou para promover algum
dos seus produtos nem nada que se pareça. Mas eu não podia deixar de partilhar
convosco esta maravilha, sobretudo tratando-se de produto nacional.
Anos de pés chatos, a usar botas ortopédicas, a sofrer com pés frios no
inverno, pés inchados no verão, quando na verdade gosto de andar descalço. Acontece
que só em casa e, mesmo em casa, a menos que se tenha chão aquecido (isto
gostava mesmo), convém andar calçado. Mas o drama, horror, a tragédia. Sapatos
de quarto que durem um inverno comigo, é um milagre. Ou o dedo grande do pé sai
fora, ou a sola se descose de lado. Enfim, as desgraças sucedem-se. Tudo o que não acontece com os sapatos de
quarto de trapo de Viseu, que se compram algures na Rua Direita (fui lá uma
vez, aos anos, agora peço sempre que mos tragam, por isso não sei a morada
correcta). Duram anos e são quase tão quentes como os de carneira da Serra da
Estrela (que seriam a minha primeira escolha, se ao fim de um mês de uso não
estivessem rotos). Além disso, possui um design absolutamente apetecível e irrepetível de tartans, tweeds, pied-de-poudle, todos os padrões que podem existir numa fazenda de boa qualidade. Um mimo para os nossos pés.
4 comentários:
Comprovo a qualidade. Anos a fio a usar destes chinelos. Ainda hoje são os meus chinelos de quarto em casa dos progenitores.
Tenho que arranjar uns desses, sofro do mesmo problema.
Que belo post sobre sapatos! O mais interessante que já li.
Não fora nunca estragar sapatos de quarto, sejam eles de felpuda lã, de fibra sintética em forma de cãozinho ou de outros materiais perecíveis, ia já a Viseu adquir uns destes.
(Humor precisa-se nestes tempos esquisitos...)
Excelente post sobre sapatos! E sim, esses sapatos de quarto são fabulosos.
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