Se há coisa para a qual não tenho grande paciência, é ter de
levar com alguém de quem não gosto. Não me refiro às pessoas que, de certa
forma, já nos trataram mal, mas sim àquelas que têm um comportamento, apesar de
não interferirem directamente connosco, esse comportamento nos causa alguma
espécie. De maneiras que é frequente afastar-me do contacto dessas pessoas,
arrastando com elas algumas pessoas de quem gosto e que até são minhas amigas,
de forma directamente proporcional ao tempo que estas passam com aquelas. Não
que amizade se altere, apenas há menos tempo para estar com as pessoas – longe de
mim ultimar um ou eu ou el@.
Obviamente que isto desperta em mim aquele sentimento que
faço sempre paralelismo com a Miranda do Sexo e a Cidade, num dos episódios da primeira série,
quando acha que ninguém quer participar numa ménage à trois com ela – o
síndrome-caixa-de-areia-em-que-estou-sozinho-a-brincar-e-ninguém-quer-brincar-comigo
(ainda que por capricho meu, claro está). E fico sempre na dúvida se eu é que
sou o caprichoso, mau-feitio ou então se de certa forma sou o único iluminado, o único que vê o que mais ninguém vê, porque está toda a gente divertida,
como se fossem os melhores amigos do mundo.
Nem uma coisa, nem outra. Vai-se a ver e por portas
travessas descobre-se (a verdade vem sempre ao de cima, mais cedo ou
mais tarde) que, afinal, não sou o único a achar o mesmo dessas pessoas. A
única diferença é que não sou capaz de fingir que gosto, nem tão pouco
indiferença. Mas depois de saber que, afinal, os que se mostram tão amiguinhos
(uns dos outros), afinal não o são, começo mesmo é a sentir pena dessas
pessoas, porque afinal de contas vivem numa mentira.
1 comentário:
Fora isto o Facebook e tinhas já aqui um buédalike!
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