quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Dois corpos tombando na água



Não sei onde tenho o meu ou a quem o emprestei - se o emprestei. E tanta, tanta vontade de o reler. Isto.


"o que verdadeiramente me dói não são as palavras
que nestes anos todos ficaram por dizer
arrumadas entre os medos que não gritámos juntos
e os sonhos que não transpirei na tua pele
o que verdadeiramente me dói são os silêncios
que nunca habitámos do mesmo lado
porque o silêncio só pode ser partilhado
com aqueles que amamos até à loucura
só ele é a dádiva perfeita que não pede mais nada
a não ser um mesmo lugar para deitar a cabeça
e esperar que a madrugada lentamente desfaça
todos os segredos e nada mais seja preciso
para voltarmos a ter vinte anos mesmo que
os vinte anos tenham morrido para sempre
na cidade em chamas"

7 comentários:

Atena disse...

Epá! Coincidência! Eu sou a ovelha negra do grupo e isso a modos que irrata-me um bocado... É raro encontrar alguém com quem identifique-me. Amigos? Tenho muito poucos, amizade é uma palavra muito gasta. Colegas e conhecidos? Aos montes! Eu sempre disse que tinha uma forma de ser complexa, não é qualquer um que aguenta comigo. Enfim, não podemos ser todos iguais, não é? Mas se eu não gostar de mim... A vida ensinou-me que não existem pessoas ditas "normais", devemos respeitar a diferença. Quanto à D. Alice, nunca li nada da senhora, talvez num futuro próximo. Agora apaixonei-me pelo Eça.

silvestre disse...

Recomenda-se fortemente? Nunca li este...

Pedro disse...

Ao menos muda a cor do pêlo para alguma mais alegre; ajuda contra a crise, Bookworm ;)

Recomenda-se sim. É das melhores coisas que já li, sem sombra de dúvidas. A menos que sejas um insensível, o que não me parece :D

S.o.l. disse...

Gostei do excerto do livro. É apelativo, dá vontade de o "folhear" para perceber se é de facto interessante como mostra ser.

Gostei do blog também, vou seguir ;)

Pedro disse...

Obrigado ;)

Ana disse...

estou a ler "O que se leva desta vida".

Pedro disse...

E recomenda-se, portanto :)